quarta-feira, 19 de outubro de 2011

*Cecília Meireles

 "Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento
Pode ser até manhã, cedo, claro, feito dia 
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato um gosto de framboesa
Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza
Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida."

Cecília Meireles

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